No intuito de compartilhar suas vivências sobre a arte e o seu poder de transformação, Rogério Piva conta sua trajetória como artista que se descobriu através de um projeto social desenvolvido dentro da periferia da zona sul de São Paulo e conquistou o reconhecimento internacional.
No bate papo, Piva conta como foi seus desafios para enfrentar a imposição de uma sociedade que ainda vê a arte como uma opção marginalizada. Piva esteve entre a contrariedade dos pais, as imensas dificuldades financeiras e o quase nulo incentivo do país para atividades culturais e no pouco que havia e há, esse incentivo é totalmente centralizado uma parcela pequena da sociedade. Na conversa intrigante, levanta questões básicas sobre meritocracia, igualdade de oportunidades e inclusão social.
Nessa descoberta, conta suas reflexões através da arte nos diversos lugares do mundo por onde passou, atuando em grandes palcos e também nas ruas, ressalta como é a aceitação de cada público, como ser ignorado nas ruas e ser aplaudido de pé nos grandes palcos. Afinal, esteve fazendo um show para o Papa Francisco no Vaticano, sendo admirado pelo mundo, mas uma semana depois, voltando as ruas do mundo, a ser invisível.
Piva acredita que ser um artista te leva a uma grande responsabilidade diante da sociedade que o assiste, portanto, exerce um grande poder de influencia.
O artista está no enfrentamento constante de uma realidade onde tudo precisa ser um produto, ele deve estar consciente disso e, não deve atuar somente como entretenimento, mas como uma ferramenta de humanização, de pensar com mais crítica, de despertar consciências.
Rogério Piva já ministrou palestras nas escolas públicas de São Paulo, escolas de arte e projetos sociais no Brasil. Na Universidade mesoamericana de Puebla no México e em festivais no Peru. Fazer a arte como um ato democrático, de acesso a todos, ou seja, manter um equilíbrio entre o comercial e o social, um equilíbrio que dá acesso aos que podem pagar e também aqueles que não podem, por não terem condições financeiras, ou por estarem distantes e isoladas dos eventos culturais.
Bem, cada artista deve usar sua arte para alguma causa e que nessa causa possa fazer uma sociedade mais justa.
São conversas que motivam o pensar, seja para jovens que estão iniciando uma carreira, seja para pessoas formadas. Seja para as crianças que querem saber do universo das artes do circo pelo mundo, seja para o público que quer se inspirar com boas histórias, com aquele toque irônico e divertido, Piva fala de uma sociedade que busca uma maquiagem para uma realidade repleta de problemas onde a paz e harmonia passaram a ser proibidos porque não dão lucros financeiros.
Do contrário, para que a arte então?
As palestras são destinadas a cada público servindo de exemplos para alguns, questionamentos para outros e inspiração para todos.
Palestras para jovens e crianças.
Desde 2014, quando apoiado pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo atravéz do Programa de Ação Cultural (ProAC), Rogério Piva passa a desenvolver em projetos sociais, momentos de conversas com alunos das oficinas artisticas.
Piva conta sobre sua tragetória vindo de um projeto social da periferia de São Paulo e como alcançou o reconhecimento internacional. Fala do encontro com a arte e das inumeras dificuldades enfrentadas ao longo do caminho escolhido. Piva conta atraveés das suas viajens, um caminho de escolhas ousadas que iam contra todo um circulo de fatores que sempre o rodeou e toda essa conversa vai se mesclando com pequenos shows de malabarismos que exemplifica cada estagio enfrentado pelo artista.
Essa conversa possibilita aos alunos a reflexão sobre suas decisões e a atenção com as muitas possibilidade no caminho artistico. Ser um artista profissional e reconhecido parece muito distante para a a maioria desses jovens. Nesse bate-papo é possível desperta-los para um dia a dia mais motivado e sonhador que os permite se aproximar de grandes desafios, seja no caminho artistico ou não;
Rogério Piva